Dersalis Blog https://blog.dersalis.com Your Knowledge Center Thu, 05 Jun 2025 21:17:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://blog.dersalis.com/wp-content/uploads/2025/03/cropped-Dersalis_Identidade_Guia-pecas-Edicao-05-32x32.jpg Dersalis Blog https://blog.dersalis.com 32 32 Estresse térmico: o inimigo silencioso da produtividade nas indústrias https://blog.dersalis.com/2025/06/05/estresse-termico-o-inimigo-silencioso-da-produtividade-nas-industrias/ https://blog.dersalis.com/2025/06/05/estresse-termico-o-inimigo-silencioso-da-produtividade-nas-industrias/#respond Thu, 05 Jun 2025 20:30:04 +0000 https://blog.dersalis.com/?p=215

O conforto térmico no ambiente de trabalho é um fator essencial para a saúde e segurança dos trabalhadores, especialmente em áreas de risco, como mineração e indústrias com ambientes subterrâneos ou quentes. De acordo com Wu et al. (2021), o conforto térmico é regulado pelo sistema nervoso autônomo, com diferentes respostas fisiológicas a ambientes quentes e frios. Ambientes quentes, por exemplo, ativam o sistema nervoso simpático, promovendo a sudorese e vasodilatação para dissipar o calor. No entanto, a exposição prolongada a essas condições pode colocar em risco a saúde dos trabalhadores, resultando em problemas como desidratação e estresse térmico.

Na mineração, em particular, a alta temperatura e umidade são fatores críticos para o desconforto térmico. O calor excessivo, combinado com a atividade física intensa e o uso de vestimentas inadequadas, pode levar a sérios problemas de saúde, como síncope e colapso cardiovascular, como destacado por Abellán-Aynés et al. (2021). A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) tem sido identificada como um indicador crucial para monitorar o impacto do estresse térmico na saúde dos trabalhadores. A alteração na VFC reflete mudanças no equilíbrio entre os sistemas simpático e parassimpático, oferecendo um meio eficaz de avaliar o estresse térmico em tempo real.

Yang et al. (2022) também apontam que a alta umidade, comum em ambientes subterrâneos, exacerba o desconforto térmico, dificultando a dissipação do calor pelo corpo. Em ambientes com alta umidade, como câmaras subterrâneas, o risco de doenças causadas pelo calor aumenta significativamente, com sintomas agudos de saúde observados quando a umidade relativa ultrapassa 70%.

A falta de monitoramento adequado pode levar a sérios riscos à saúde, como insolação e outras doenças causadas pelo calor, que se tornam fatais se não tratadas rapidamente, conforme aponta Fujiwara et al. (2023). Em ambientes quentes, a temperatura corporal central pode atingir níveis perigosos rapidamente, aumentando a chance de complicações severas se não houver intervenções imediatas.

 

Diante deste cenário, a solução Dersalis oferece uma abordagem inovadora para monitoramento, permitindo a avaliação contínua do estresse térmico e a resposta fisiológica dos trabalhadores. A plataforma pode mensurar variáveis cruciais como a frequência cardíaca, temperatura corporal e a variabilidade da frequência cardíaca e a movimentação (a depender do equipamento), proporcionando uma visão detalhada sobre os impactos do estresse térmico. Com essa tecnologia, é possível não só identificar condições de risco com antecedência, mas também intervir de forma eficaz para garantir a segurança e o bem-estar dos colaboradores.

Visualização do incidente em detalhe na Plataforma Dersalis.

 

Aplicações Práticas do Monitoramento do Estresse Térmico

 Uso de índices térmicos (WBGT, PHS, PMV/PPD) para avaliar o risco de estresse térmico, com limitações para atividades de alta intensidade. 

• Monitoramento da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) para identificar os impactos da temperatura no sistema nervoso autônomo.

 • Correlação entre fadiga térmica e variabilidade da FC, permitindo ações preventivas antes que o trabalhador entre em colapso térmico. 

• Análise de padrões individuais e grupais para melhorar a gestão da exposição térmica e reduzir riscos à saúde. • Adoção de tecnologias wearables para detectar sinais precoces de estresse térmico e enviar alertas em tempo real.

 • Melhoria das condições de trabalho por meio da adequação da ventilação, períodos de descanso e protocolos de hidratação baseados em dados.

 • A gestão do estresse térmico deve ser baseada em dados fisiológicos e ambientais. A Dersalis oferece uma solução que permite mensurar esses impactos e atuar preventivamente, protegendo a saúde e a segurança dos trabalhadores.

 

A gestão do estresse térmico deve ser baseada em dados fisiológicos e ambientais. A Dersalis oferece uma solução que permite mensurar esses impactos e atuar preventivamente, protegendo a saúde e a segurança dos trabalhadores

Referências

Abellán-Aynés, O., Manonelles, P., & Alacid, F. (2021). Retirada Parassimpática Cardíaca e Atividade Simpática: Efeito da Exposição ao Calor na Variabilidade da Frequência Cardíaca. International Journal of Environmental Research and Public Health , 18 (11), 5934. https://doi.org/10.3390/ijerph18115934

Fujiwara, K., Ota, K., Saeda, S., Yamakawa, T., Kubo, T., Yamamoto, A., Maruno, Y., & Kano, M. (2024). Heat illness detection with heart rate variability analysis and anomaly detection algorithm. Biomedical Signal Processing and Control, 87(Part A), 105520. https://doi.org/10.1016/j.bspc.2023.105520

Wu, G., Liu, H., Wu, S., Liu, G., & Liang, C. (2021). A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) pode ser usada como um biomarcador de conforto térmico para trabalhadores de minas? International Journal of Environmental Research and Public Health , 18 (14), 7615. https://doi.org/10.3390/ijerph18147615

Yang, B., Yao, H., Yang, P., Guo, Y., Wang, F., Yang, C., Li, A., & Che, L. (2022). Effects of thermal and acoustic environments on workers’ psychological and physiological stress in deep underground spaces. Building and Environment, 212, 108830. https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2022.108830

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O impacto do desequilíbrio interno no desempenho do trabalho https://blog.dersalis.com/2025/06/05/adaptabilidade-e-a-resiliencia-no-ambiente-de-trabalho-2/ https://blog.dersalis.com/2025/06/05/adaptabilidade-e-a-resiliencia-no-ambiente-de-trabalho-2/#respond Thu, 05 Jun 2025 16:38:11 +0000 https://blog.dersalis.com/?p=161

A capacidade do ser humano de manter um desempenho estável ao longo da jornada de trabalho depende da harmonia entre os ritmos biológicos e as exigências externas. O ritmo circadiano, conforme Juliana et al. (2023), é o principal regulador das funções fisiológicas, impactando aspectos como glicemia, produção hormonal e saúde cardiovascular. Entretanto, mudanças bruscas no ambiente de trabalho, como jornadas irregulares e alta demanda física ou cognitiva, podem desregular esse equilíbrio, gerando impactos negativos à saúde e à produtividade.

Mentezelou et al. (2023) alertam que qualquer alteração nesse sistema pode comprometer processos fisiológicos essenciais. A privação do sono, dietas inadequadas e longas jornadas de trabalho são fatores que aceleram esse desequilíbrio, contribuindo para quadros de fadiga, estresse e doenças crônicas. Lemos et al. (2022) reforçam que esses impactos são agravados pelo tempo de exposição a agentes estressores, muitas vezes ultrapassando os limites de tolerância legais.

O impacto do desequilíbrio interno na performance do trabalhador pode ser observado em diversas áreas, desde o aumento dos erros operacionais até a elevação do risco de acidentes. Fabiano et al. (2022) afirmam que incidentes ocorrem quando há uma lacuna entre a capacidade humana e as demandas do trabalho. Se o trabalhador não está em condições fisiológicas ideais, sua capacidade de resposta é reduzida, aumentando significativamente os riscos para ele e para a equipe.

Diante desse cenário, a questão que se impõe é: como os riscos humanos estão sendo mapeados no ambiente de trabalho? Métodos tradicionais, como questionários e observação direta, fornecem dados valiosos, mas são limitados pela subjetividade e pela falta de precisão em tempo real. Tecnologias avançadas, como a plataforma Dersalis, permitem um monitoramento contínuo dos estados fisiológicos dos trabalhadores, identificando sinais precoces de fadiga, estresse térmico e outros fatores que podem comprometer a segurança e o desempenho.

Investir em soluções para medir esses aspectos é um passo essencial para garantir que as empresas atuem proativamente, prevenindo incidentes antes que eles aconteçam. O equilíbrio entre a capacidade humana e as exigências do trabalho precisa ser gerenciado com inteligência e tecnologia, garantindo um ambiente onde segurança e produtividade caminham juntas.

Referências:

Fabiano, B., Pettinato, M., Currò, F., & Reverberi, A. P. (2022). A field study on human factor and safety performances in a downstream oil industry. Safety Science, 153, 105795. https://doi.org/10.1016/j.ssci.2022.105795

 

Juliana, N., Azmi, L., Effendy, N. M., Mohd Fahmi Teng, N. I., Abu, I. F., Abu Bakar, N. N., Azmani, S., Yazit, N. A. A., Kadiman, S., & Das, S. (2023). Effect of Circadian Rhythm Disturbance on the Human Musculoskeletal System and the Importance of Nutritional Strategies. Nutrients, 15(3), 734. https://doi.org/10.3390/nu15030734

 

 

Lemos, J., Gaspar, P. D., & Lima, T. M. (2022). Environmental risk assessment and management in Industry 4.0: A review of technologies and trends. Machines, 10(8), 702. https://doi.org/10.3390/machines10080702

 

 

Mentzelou, M., Papadopoulou, S. K., Papandreou, D., Spanoudaki, M., Dakanalis, A., Vasios, G. K., Voulgaridou, G., Pavlidou, E., Mantzorou, M., & Giaginis, C. (2023). Evaluating the relationship between circadian rhythms and sleep, metabolic and cardiovascular disorders: Current clinical evidence in human studies. Metabolites, 13(3), 370. https://doi.org/10.3390/metabo13030370

 
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Adaptabilidade e a resiliência no ambiente de trabalho https://blog.dersalis.com/2025/06/04/adaptabilidade-e-a-resiliencia-no-ambiente-de-trabalho/ https://blog.dersalis.com/2025/06/04/adaptabilidade-e-a-resiliencia-no-ambiente-de-trabalho/#respond Wed, 04 Jun 2025 20:25:06 +0000 https://blog.dersalis.com/?p=147

A vida humana é sustentada por um conjunto de mecanismos fisiológicos que buscam a integridade do organismo. Bechtel e Bich (2024) afirmam que essa busca incessante pelo equilíbrio, chamada de homeostasia, permite que as respostas do corpo sejam dinâmicas e ajustadas ao contexto. A adaptação ao ambiente ocorre de maneira sutil e contínua, garantindo que a saúde e a produtividade sejam preservadas mesmo diante de desafios externos.

A adaptabilidade, conforme Boff e Oliveira (2021), é um reflexo desse processo, no qual o corpo adota estratégias de enfrentamento ou proteção para lidar com estímulos variados. No entanto, Armario et al. (2020) destacam que não são apenas os fatores externos que interferem nesse equilíbrio. Fatores internos, como estados emocionais e fisiológicos, também impactam a capacidade de resposta do organismo e a tomada de decisão. A resiliência humana surge nesse contexto como a habilidade de ajustar-se continuamente para manter a estabilidade diante de situações estressantes.

Entender a adaptabilidade do trabalhador é essencial para a segurança ocupacional. Craven et al. (2022) reforçam que um dos principais elementos dessa equação é o sono, um fator determinante para a regulação emocional, a recuperação energética e a manutenção da saúde metabólica. A privação do sono, por sua vez, compromete diretamente a capacidade do trabalhador de enfrentar as demandas do dia seguinte, reduzindo o desempenho e aumentando o risco de acidentes.

Se a segurança e a produtividade dependem de variáveis como sono e alimentação, torna-se fundamental que as empresas invistam em soluções capazes de monitorar esses fatores em tempo real. A Dersalis surge como uma ferramenta essencial para trazer à tona informações sobre os estados fisiológicos dos trabalhadores, permitindo que medidas preventivas sejam adotadas antes que a adaptação falhe e a saúde seja comprometida. Dessa forma, conseguimos manter um ambiente de trabalho seguro e resiliente, onde o equilíbrio é constantemente monitorado e restaurado sempre que necessário.

Referências

Armario, A., Labad, J., & Nadal, R. (2020). Focusing attention on biological markers of acute stressor intensity: Empirical evidence and limitations. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, 111, 95–103. https://doi.org/10.1016/j.neubiorev.2020.01.013

 

Bechtel, W., & Bich, L. (2024). Situating homeostasis in organisms: Maintaining organization through time. The Journal of Physiology, 602(22), 6003–6020. https://doi.org/10.1113/JP286883

 

Boff, S. R., & Oliveira, A. G. (2021). Aspectos fisiológicos do estresse: Uma revisão narrativa. Research, Society and Development, 10(17), e82101723561. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.23561

 

Craven, J., McCartney, D., & Desbrow, B. (2022). Effects of acute sleep loss on physical performance: A systematic and meta-analytical review. Sports Medicine, 52(12), 2669–2690. https://doi.org/10.1007/s40279-022-01706-y

 

 

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Fadiga no trabalho noturno: O que os dados de saúde revelam? https://blog.dersalis.com/2025/06/04/fadiga-no-trabalho-noturno-o-que-os-dados-de-sauderevelam/ https://blog.dersalis.com/2025/06/04/fadiga-no-trabalho-noturno-o-que-os-dados-de-sauderevelam/#respond Wed, 04 Jun 2025 19:17:05 +0000 https://blog.dersalis.com/?p=110

A fadiga em turnos noturnos representa um risco significativo para a segurança e o desempenho dos trabalhadores. Ao longo da jornada de trabalho o colaborador precisa tomar decisões, embora influências (internas, externas) do contexto laboral. O seu comportamento seguro está diretamente relacionado à teoria de Herbert Simon, que, conforme Viale et al (2023), modelam as ações humanas diante da resolução de problemas que limitam sua adaptação. Hjeij e Vilks (2023), afirmam que decisões são impactadas pelo tempo, recursos mentais e informações, por isso, a teoria serve como uma base inspiradora para as tecnologias atuais, pois as pessoas não possuem acesso nem processamento para uma decisão completamente racional. Fato que é reforçado por Glimcher (2022), quando o mesmo afirma que a escolha é eficientemente irracional. 

 

Dessa forma, a análise da variabilidade da frequência cardíaca (HRV) e movimentação, destaca-se por identificar momentos críticos e mitigar os impactos da fadiga. Nesse exemplo de caso, avaliamos um perfil de trabalhador de logística durante um turno de 12 horas, iniciando às 19:00, com sinais evidentes de fadiga ao longo da madrugada.

 

Identificação dos Períodos Críticos

Com base nos dados de monitoramento fisiológico apresentado, foram identificadas três janelas de alto risco:

  • 00:45 às 01:30: Após cinco horas de trabalho, observa-se uma queda na frequência cardíaca, e presença de atividade parassimpátic
  • 03:20 às 03:50: No meio da noite, a atividade parassimpática predomina, reduzindo a atenção sustentada e aumentando a probabilidade de erros.
  • 04:00 às 04:30: Momento de maior risco, com a frequência cardíaca atinge seu menor valor e soma-se a manutenção da atividade parassimpática.

Impacto da Fadiga na Frequência Cardíaca

A partir da meia-noite, a HRV em seus biomarcadores RMSSD e PNN50, revelou uma transição para o predomínio parassimpático, sugestionando a queda da vigília. Durante os períodos críticos, houve uma redução significativa na atenção sustentada, aumentando a vulnerabilidade a erros e falhas operacionais.

Monitoramento e Alertas

Os sensores vestíveis detectaram os momentos de alto risco e emitiram alertas para o trabalhador, orientando-o a tomar medidas para mitigar a sonolência. Quando essas ações foram ineficazes ou não adotadas, o sistema notifica o supervisor, permitindo uma intervenção proativa para reduzir os riscos operacionais.

Descanso e Recuperação

Entre 05:00 e 06:00, o trabalhador teve um breve período de descanso, proposital, mas manteve o uso do dispositivo o que revelou ser um período sem sono reparador. Como resultado, sinais de privação de sono tornaram-se evidentes por volta das 06:00, através do aumento da variação da frequência cardíaca e biomarcadores, demonstrando a dívida de sono acumulada.

Conclusão

No final do turno, às 07:00, o sistema ainda identifica sinais de fadiga e privação de sono. A análise da VFC ao longo da jornada permitiu compreender a relação entre fadiga e desempenho, reforçando a importância do monitoramento contínuo. A combinação de sensores vestíveis, alertas automatizados e supervisão ativa é essencial para prevenir acidentes, otimizar a segurança e promover o bem-estar dos trabalhadores em turnos prolongados.

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Atuação ativa da saúde ocupacional minuto a minuto na operação https://blog.dersalis.com/2025/04/03/atuacao-ativa-da-saude-ocupacional-minuto-a-minuto-na-operacao/ https://blog.dersalis.com/2025/04/03/atuacao-ativa-da-saude-ocupacional-minuto-a-minuto-na-operacao/#respond Thu, 03 Apr 2025 08:01:44 +0000 https://blog.dersalis.com/?p=33

Os incidentes e acidentes no ambiente industrial, segundo Fabiano et al. (2022), frequentemente se originam do desequilíbrio entre a capacidade humana e as demandas de trabalho. As falhas, de acordo com Armario et al. (2020), decorrem da incapacidade fisiológica e/ou mental de realizar determinadas tarefas. Benson et al. (2021) reforça que o trabalho no ambiente industrial é um dos mais perigosos, apresentando mais de 2 milhões de mortes anuais, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Nesse cenário, destaca-se o papel essencial da equipe de saúde ocupacional. Entre suas atividades obrigatórias estão a comunicação de acidentes, o monitoramento da saúde dos colaboradores e as condições do ambiente de trabalho (S-2210, S-2220, S-2240). Essas atividades são complementadas por ações rotineiras de gestão, como a elaboração de estratégias, programas de promoção à saúde, planejamentos e a análise de índices e taxas. Esse conjunto de responsabilidades é centralizado no cuidado com o colaborador, que muitas vezes está exposto a uma variedade de riscos à segurança.

O código de ética médica estabelece como objetivo primário a proteção e promoção da saúde dos trabalhadores, além de assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável, protegendo a capacidade laboral e o acesso ao emprego. No entanto, como enfrentar os desafios de um ambiente industrial dinâmico, onde os colaboradores frequentemente enfrentam riscos que podem resultar em traumas e no agravamento de doenças crônicas não transmissíveis?

Benson et al. (2021) ainda apontam que os riscos ocupacionais contribuem significativamente para altas taxas de absenteísmo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 40% do absenteísmo é atribuído a questões ergonômicas, 10% a doenças auditivas, 20% a doenças respiratórias e 10% a traumas, entre outros fatores.

Diante desse cenário, como a saúde ocupacional pode se preparar para monitorar continuamente as condições dos trabalhadores e garantir intervenções eficazes? A integração de tecnologias de monitoramento é uma solução que está revolucionando o setor. Estudos como o de An et al. (2022) destacam que os erros humanos estão frequentemente relacionados a fatores comportamentais e contextuais que afetam o desempenho. O monitoramento biofísico, por meio de dispositivos vestíveis como smartwatches, calçados inteligentes e fones de ouvido, permite rastrear e medir indicadores corporais como atividade física, frequência cardíaca, pressão arterial e temperatura corporal em tempo real.

Essa abordagem possibilita à equipe de saúde ocupacional obter dados precisos e em tempo hábil para identificar riscos antes que eles se tornem incidentes graves. Além disso, promove uma cultura de prevenção, valorizando a saúde dos trabalhadores e reduzindo significativamente os impactos negativos, como o absenteísmo e a queda de produtividade.

Portanto, o monitoramento contínuo e a análise de dados proporcionados por tecnologias como a plataforma Dersalis se tornam aliados indispensáveis. Essas soluções oferecem suporte não apenas à gestão de saúde ocupacional, mas também à construção de ambientes industriais mais seguros, eficientes e humanizados.

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